Hetta — A banda ‘punk’ sensação do Montijo

A banda que mais tem dado que falar entre os mais jovens do Montijo é são duvida Hetta. Banda local que conta com o alinhamento de Alexandre Domingos na voz, Pires na guitarra, Simão na bateria e “Porti” no baixo.

Esta banda ‘punk’ ou (considerada por alguns “hardcore”) surgiu através da amizade que já conta muitos anos (já perderam a conta!) entre Alexandre, e Pires, quando já após ambos terem participado em vários projetos que não chegaram muito longe, quiseram se reorganizar e rapidamente trouxeram “Porti”, antigo colega de Pires nos já extintos “Nagasaki” e também acolheram Simão, conhecido em Santarém. Nas palavras de Pires “Os astros alinharam-se um bocadinho (…), se calhar agora é boa oportunidade para termos uma banda”. Alexandre também reforça a ideia “Falámos todos e foi muito rápido, na semana a seguir já estávamos a ensaiar.

Quanto ao nome, foi simplesmente escolhido entre todos de uma lista infindável, Hetta foi o mais consensual.

Já as inspirações musicais remontam a “todas as bandas que usavam calças apertadas” e a produtoras como a Three One G da Califórnia ou Sargent House, mas também tentam navegar nas ondas do ‘punk’ sem “pensar muito conscientemente no que tentamos ser, acabamos por perceber para onde a coisa vai. Entendendemo-nos no que não é dito”. O processo criativo passa somente pela sala de ensaios, onde todos juntos tentam encontrar e formular os riffs e as batidas. “Todas as pessoas têm o tempo limitado (…) fazemos o tempo valer do que sai nos ensaios, nas jams, ou nas ideias de cada um, tentamos não estar muito presos.” 

Em 2022 lançaram o ‘single’ “Sugar Glass”, seguido do EP “Headlights” e em 2023 já lançaram “Split with Alas, Apostles of Eris and Letterbombs” e o mais recente ‘single’ “Super Cargo!”. Estas produções já aproximam a primeira centena de milhar de reproduções na plataforma Spotify, falando bem por si!

Já tocaram várias vezes em vários espaços e eventos renomados do Montijo, como foi o caso a 22 de abril deste ano na Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro que contou com centenas de pessoas (promovido pela Associação Cultural Ventoinha), mas também já estão habituados a tocar em Lisboa, em espaços como o ZDB e ainda o Desgraça. Já percorreram o país, tendo ido ao Porto (Maus Hábitos) e a Coimbra participar no Festival Apura. Contudo, temos de destacar as suas gigs internacionais em Espanha, como, por exemplo, no CSA Las Vegas, em Málaga, afinal não é todos os dias que uma banda jovem montijense é convidada a tocar no estrangeiro, o que realmente reflete a qualidade dos Hetta.
Para os que os quiserem ouvir ao vivo, nos próximos meses os Hetta têm datas marcadas com o Amplifest, no Hard Club do Porto, dia 22 deste mês, e também em Castelo Branco no fim de semana seguinte (29) no X-Treme Bar. Mais próximo do Montijo será o concerto de 17 de novembro na Associação Desenvolvimento Artes e Oficio (ADAO), no Barreiro. E não ficam por aqui! “Teremos também novidades para dezembro que, felizmente, se tudo correr bem não serão cá.”. Quanto ao futuro, Pires ainda adianta que “estamos os 4 focados em fazer música nova e fazer um disco (…) ainda é embrionário, percebemos o que faz sentido ou não levar” e remata com “temos uma data de concertos ainda este ano e fazemos música nova!”.

Ainda, para os elementos locais da produção cultural, os Hetta deixam a mensagem para que “continuem a fazer coisas”.

Fica assim destacado mais um exemplo de que a juventude do Montijo não baixa os braços no que toca à produção e reinvenção da sua cultura e uma excelente dica para aqueles que gostam de uma boa guitarrada acompanhada por batidas incansáveis com um pouco de caos à mistura.

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