César est. 1970: o novo espaço de brunch também serve almoços e pão acabado de fazer
César est. 1970 é o novo espaço dedicado aos pequenos almoços, brunches e almoços, que inaugurou no Montijo no passado dia 8 de fevereiro. Propriedade de César Silva e ideia pensada por ele e pelo seu sócio e amigo Luís Soares.
O inigualável cheiro a pão fresco sente-se ao passar pela praça, e são de diversas qualidades. Os bolos variados enchem as vitrines e saltam à vista. Estas são algumas das coisas que pode encontrar no César – e todos de confeção própria, incluindo o bolo de assinatura da casa, os César Rolls. Recheados com canela e maçã, cobertos com chocolate e doce de ovos com amêndoa, são algumas das opções que esta iguaria apresenta.
O César est.1970 aposta nos produtores locais, para levar à mesa dos clientes produtos sempre frescos. A confeção é, maioritariamente, com farinhas de moleiro moídas em mó de pedra, conferindo aos produtos uma maior qualidade, sabor e nutrição.
São servidas refeições ligeiras e diferentes todos os dias, e os menus incluem sopa, prato principal e café – e mais novidades estão para vir. Espreitámos as vitrines e podemos já dar um sneak peek do que virá: panquecas e crepes acabados de confecionar, com vários recheios ao gosto do cliente e iogurtes com fruta e toppings.
A casa já foi restaurante e serviu durante muitos anos os montijenses com o nome de “Café Ribatejano”, para os saudosistas, Café da Dona Joana. Hoje, é um espaço intimista, com um ambiente acolhedor e repleto de história, fotografias antigas e uma decoração elegante e minimalista. César, o proprietário, contou que um dos seus sonhos é ter “uma esplanada a nível nacional”, mas que por situações adversas a ele, para já, ainda não é possível de concretizar.
Um espaço com uma história para contar
César Silva partilhou com o Montijo on City parte da sua história e de como chegou até aqui.
Em 1970, a família César alugou o mesmo espaço, que hoje dá lugar ao César est. 1970, com o nome de Café Ribatejano, com apenas dez mesas, mas que logo se tornou um sucesso e ponto de encontro de vários montijenses. A mulher do patriarca César, Dona Joana, como era carinhosamente apelidada, foi a alma do negócio e chegou a ser condecorada pela Câmara Municipal do Montijo.
Em julho de 1978, uma tragédia abateu-se sobre o espaço, decorrente da explosão de uma bilha de gás. “Pensávamos que tínhamos perdido tudo, foram 12 pessoas feridas para o hospital”, recordou César.
“Das fraquezas se fizeram forças” (palavras proferidas por César) e passados alguns meses, foram feitas obras ao espaço e voltou a reabrir em novembro, “nasceu um novo César, foi uma coisa histórica na cidade”, conta o empresário. Até 1989, o Café César foi um mítico espaço de casamentos e festas, “parava aqui o Montijo todo, foi local de encontro de várias gerações”. No mesmo ano, o prédio foi demolido e construído o que atualmente se contempla.
Um infortúnio levou César a passar o espaço em 2003, mas sempre com a esperança de voltar a reabrir em seu nome. “Precisei de um tempo para acalmar as águas”, contou o proprietário.
E assim, com uma bagagem grande, uma história impressionante, retorna ao Montijo, com uma nova cara, uma ideia fresca e contemporânea, a pastelaria César est.1970.
Um espaço que vale a pena visitar, tanto pela simpatia de todos os colaboradores e de César, como pelas iguarias de qualidade que pode encontrar.