A alimentação saudável pode influenciar a rápida recuperação de um doente com covid-19?
Foi em 2020 que o que parecia ser um vírus que se alastrava apenas em terras distantes, chegou a Portugal. Muitos portugueses foram afetados pelas pandemia que vitimou 2.236.454 pessoas, a nível mundial. De que forma é que uma alimentação saudável pode contribuir para uma rápida recuperação? Será que há alguma forma rápida de recuperar o olfato e o paladar? A nutricionista Dr.ª Denise Carvalho ajuda-nos a esclarecê-lo.
A alimentação saudável é muito importante para garantir uma boa qualidade de vida. Através da alimentação podemos prevenir e combater doenças, reforçar o sistema imunológico, reduzir o cansaço e muitas outras coisas.
Desta forma, é importante manter uma alimentação saudável durante a pandemia de covid-19 que o mundo enfrenta.
Um dos principais sintomas da covid-19 é a perda de paladar e olfacto. Quando isto acontece, para voltar a recuperar por completo, pode demorar até 6 meses “Uma consequência frequente da infeção com o Vírus Sars- CoV-2 é a disgeusia, perda temporária do paladar. Normalmente essa perda do paladar costuma ser brusca”, diz-nos a nutricionista.
Mas existem alguns coisas que pode fazer, de forma a recuperar estes dois sentidos mais facilmente.
A nutricionista Dr.ª Denise Carvalho explica “é importante para a sua recuperação, que variemos a alimentação de forma a estimular as papilas gustativaspara reconhecerem os diversos gostos. É importante variar todos os gostos, o salgado, doce, ácido, amargo e umami. No entanto, é recomendado a ingestão de certos alimentos como cogumelos, carne, peixe, legumes e hortícolas, assim como a utilização de ervas aromáticas. É também de salientar que as temperaturas extremas (muito quente ou muito frio), picantes e comidas muito condimentadas são de evitar“.
A nutricionista explica que a alimentação é muito importante, porque “conseguimos influenciar a recuperação de um doente com covid-19, principalmente ao evitar ou tratar o excesso de peso e/ou obesidade que é um fator de risco para o Coronavírus e todas as suas complicações e, através da ativação do sistema imunitário”.
“Por um lado, ao controlarmos o peso, mantendo-o dentro dos valores saudáveis para o individuo, conseguimos controlar valores bioquímicos como colesterol ou a glicémia que aumentam o risco de sequelas do Covid-19. Conseguimos estimular o sistema imunitário de um individuo, que este tenha defesa para mais facilmente atuar contra corpos estranhos, sejam vírus, bactérias ou fungos…”, explica-nos.
Nos doentes com covid-19, “para além da extrema importância de se manter corretamente hidratado, através da ingestão de águas, chás ou tisanas sem açúcar, é igualmente importante que a sua alimentação lhe forneça todos os nutrientes e energia necessários para o corpo reagir contra a doença”, explica a Dr.ª Denise.
Para isso, é necessário ter atenção especial aos nutrientes ingeridos para ativar as células de defesa do nosso organismo.
A nutricionista Dr.ª Denise Carvalho recomenda a ingestão de alimentos que contenham as seguintes vitaminas e nutrientes:
– Vitamina A: presente nos legumes e frutas laranjas como cenoura, batata-doce, manga, melão, pimento vermelho, assim como no ovo, espinafres, acelga e brócolos;
– Vitamina C: Kiwi, morango, abacaxi, manga, brócolos, tomate, melancia, limão, laranja e tangerina
– Vitamina E: frutos secos e oleaginosos (como amêndoas, nozes, avelãs, uva-passa, ameixa seca, entre outros), azeite, tomate e sementes de girassol;
– Omega 3: peixes gordos como sardinha, cavala, arenque, atum, linhaça, sementes de chia e nozes;
– Selénio: Castanha do pará, sementes de girassol, carne, atum, ovos, bacalhau, feijão, aveia;
– Zinco: Ostras, perú, carne vaca, fígado, soja, sementes de abóbora, amêndoa, castanha do pará, cajus, …
A nutricionista adverte que a base de uma alimentação saudável é a variedade, a nível de alimentos, cor e textura “só dessa forma conseguimos que a alimentação seja o mais completa possível e assim ativarmos o sistema imunitário”.
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