Dia da Cidade: Um dia que começou com Futre e terminou com Mariza
O aniversário da elevação da vila do Montijo a cidade ficou marcado pelo discurso emocionado de Paulo Futre e o grande concerto da Mariza.

No passado sábado, comemorou-se mais um Dia da Cidade do concelho do Montijo e, este ano, contou com a atribuição da Medalha de Ouro ao ex-jogador, Paulo Futre. Após a distinção, o montijense emocionou-se e beijou a sua medalha. “Não tenho palavras para agradecer”, referiu.
Num discurso que passou pela infância e adolescência de Paulo Futre, vividas na cidade, o antigo futebolista lembrou os momentos passados n’O Café do César, no cais, onde aprendeu a nadar e dos primeiros momentos de fama.
“Foi na papelaria do Montijo que o meu pai comprou o primeiro jornal que falava de mim. Dizia «Paulo Futre! Cuidado com este jogador». Eu tinha 11 anos e devo ter levado aquele jornal para a escola.”, salienta orgulhoso.
Nas suas palavras, deixou bem clara a ligação que sente pela sua cidade de berço. “Preciso de vir ao Montijo carregar as pilhas (…) Sentir o cheiro do rio, as luzes, as figuras (…) O Montijo é tudo para mim“.
Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo, não deixou de tecer elogios ao ex-jogador. “Neste Dia da Cidade quisemos homenagear o nosso melhor desportista de sempre (…) Paulo Futre é uma glória do futebol que ao longo da sua carreira engrandeceu sempre e nunca esqueceu o Montijo.” Perante uma ovação de pé, o Presidente e o homenageado deram um caloroso cumprimento.

No piso térreo da Galeria Municipal, a artista moçambicana, Suzy Bila, inaugurou “AL.BA”, a sua mais recente exposição de pintura. Um conjunto de obras que resultam de um trabalho de introspeção da artista, considerado por Nuno Canta, uma “admirável lição sobre a complexidade da vida e a sua imensa cor”.
Suzy Bila, de sorriso fácil, explicou como a sua vida se dividiu entre Maputo, Lisboa e, mais recentemente, Montijo e como a sua paleta de cores se foi alterando ao longo dos tempos. “AL.BA resulta de um processo pelo qual passei (…) Comecei a trabalhar com uma paleta de tons muito contida e organizada, mas, houve um momento de interrogação interna em que procurei outra forma de estar e as obras foram falando por si“, conta.
O resultado final ficou à vista de todos: uma explosão de cores em telas de, aproximadamente, quatro metros que não passaram despercebidas.

À saída da Galeria Municipal, Filipa Canhão, ex-finalista do programa La Banda, prendeu os montijenses com a sua sublime voz, interpretando músicas icónicas . Tal como em todos os aniversários, os parabéns à cidade não faltaram, acompanhados de um brinde e de uma deliciosa fatia de bolo.

Mas as celebrações não ficaram por aqui. Ao cair da noite, o Parque Municipal encheu-se para ouvir a fadista Mariza. Com a sua voz inconfundível, a artista aqueceu o ambiente e cantou temas bem conhecidos, como “Fado em Mim”, “Quem me dera” ou “Barco Negro”, de Amália Rodrigues. A fadista cantou, dançou e entreteu o Montijo com as suas brincadeiras em palco.


Após um dia de festejo, a cidade do Montijo descansa e anseia pelo próximo aniversário.