Montijo comemora aniversário de nascimento do maestro Jorge Peixinho

No dia em se comemora o 86º aniversário de nascimento de Jorge Peixinho (20 de janeiro), o Montijo volta a homenageá-lo e a Câmara Municipal prepara conjunto de iniciativas para assinalar a data.
As atividades têm inicio marcado para as 15 horas com a inauguração de um mural de arte urbana, do artista ASUR, em homenagem ao compositor e terá lugar no Jardim das Nascentes, que integra a Casa da Música Jorge Peixinho. Logo em seguida, serão assinados dois protocolos, um com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com vista ao tratamento museológico do espólio municipal de Jorge Peixinho e outro com a Companhia Mascarenhas Martins, com o objetivo da criação de um programa de desenvolvimento cultural do auditório Casa da Música Jorge Peixinho.
As comemorações terminam com a atuação do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, fundado em 1970 pelo próprio Jorge Peixinho, sendo o “primeiro grupo português de música contemporânea, desempenhando um papel histórico de vanguarda na abertura da sociedade portuguesa à estética musical do seu tempo”.
O trajeto do mestre da música contemporânea portuguesa
Jorge Peixinho nasceu no Montijo, a 20 de janeiro de 1940 e foi “um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, tendo um papel fundamental na atualização do panorama musical do país entre 1961 e meados da década de 1980, não apenas através da sua atividade criativa, mas também enquanto incansável divulgador, ensaísta e interprete” relembra a autarquia.
Destacando-se em várias vertentes culturais e musicais, Jorge Peixinho “notabilizou-se como compositor, pianista, crítico, professor, conferencista e animador cultural. Teve um papel ímpar na divulgação da música contemporânea em Portugal e da música portuguesa no estrangeiro, objetivos que mobilizaram notavelmente o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa”. O maestro participou em vários Festivais de Música Contemporânea e colaborou com os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea.
Concluiu os estudos de piano e composição no Conservatório de Lisboa e estudou como bolseiro na Fundação Gulbenkian em Roma. Trabalhou com vários nomes da música contemporânea, como italiano Luigi Nono, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. O município salienta que o maestro “participou em 1967 e 1968 nos projetos de composição coletiva promovidos (e dirigidos) por Stockhausen.” Entre 1972 e 1973 o montijense estagiou no estúdio de música eletrónica IPEM, em Gent, na Bélgica. Ainda incorporou o painel de júris de inúmeros concursos internacionais de composição e “foi membro do Conselho Presidencial da Sociedade Internacional de Música Contemporânea”. O saudoso maestro Jorge Peixinho faleceu no dia 30 de junho de 1995.