Montijo mostra o que é guerrear à portuguesa
Durante a VII edição da Feira Quinhentista no Montijo é possível ver diversas atrações, cada uma com a sua história e com o seu papel na mesma.
A associação Espada Lusitana tem o papel de elucidar sobre as armas e armaduras utilizadas pelos nossos antepassados, bem como a forma de lutar dos antigos exércitos.
Um mito muitas vezes passado no entretenimento é o facto de todos os soldados irem para a guerra com espadas. Não era o caso, devido a este ser um objeto de estatuto, de valor e seria o último recurso para um cavaleiro combater. As espadas seriam também armas que demoravam a ser feitas.
Outro mito que a Espada Lusitana comprovou como falso é pensarmos que quanto maior for a arma, maior é o dano. Isto comprova-se como errado porque um soldado queria ser ágil e precisava de rapidez, uma arma que custe a manusear deixa o soldado mais vulnerável.
As armaduras também têm a sua história e a sua finalidade. A armadura que se utiliza na cabeça, antes de se chamar capacete eram chamados de elmos. Existem diversos tipos de elmos, sendo que um em específico tem a finalidade de oblíquos vindos de cima e foi utilizado pelos soldados portugueses até à Primeira Guerra Mundial.
No segundo dia da feira, a associação Espada Lusitana fez ainda um torneio alusivo à época onde dos povos mostravam a sua força e forma de combater, no entanto havia regras para cumprir, sendo uma delas a luta apenas entre dois adversários.
Foram os diversos desafios que os cavaleiros tiveram de superar entre acertar num alvo enquanto estão a cavalo, colher três objetos com a lança e por fim a justa em que há um duelo entre cavaleiros em montaria com lanças de madeira. Houve também espaço para combate corpo a corpo em que o melhor cavaleiro era o vencedor. O mais importante será sempre o respeito que os adversários mostram entre si e que por fim há sempre espaço para cumprimentos.
Com estas atividades, a associação espada Lusitana ensina a verdadeira história que muitas vezes é ensinada através do entretenimento que deturpa a realidade vivida em outrora.