A Cimeira do Clima arrancou hoje no Dia Mundial da Terra
A Cimeira do Clima decorrerá até amanhã, dia 23 de Abril, de forma virtual.
Em 2020, assinalaram-se os 50 anos da data criada para consciencializar a população mundial para o impacto ambiental da ação do homem. O dia que marca a maior responsabilidade e desafio global foi assinalado, pela primeira vez em 1970, pelo senador norte-americano Gaylord para protestar contra a poluição da Terra, depois de verificar as consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia ocorrido em 1969.
Após um ano sem Cimeira do Clima devido ao perigo de contágio por Covid-19, começou esta quinta-feira a Cimeira de Líderes sobre o Clima promovida pelos Estados Unidos da América. É relevante relembrar que durante a administração de Donald Trump, os Estados Unidos da América saíram do Acordo de Paris portanto a Cimeira de 2021 marca o regresso deste país, agora com Biden a liderar, ao compromisso com a redução de emissões de gases poluentes. Biden fez questão de salientar que “Nenhuma nação pode resolver esta crise sozinha e esta cimeira é um passo no caminho para um futuro seguro, próspero e sustentável”.
O encontro reúne 17 países responsáveis por aproximadamente 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa. Menos de 24 horas antes do início da Cimeira de Líderes do Clima, o Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo para a criação da Lei Europeia do Clima. Trata-se da iniciativa legislativa que a UE encontrou para assumir um papel relevante na discussão da redução de emissões.
A união para combater o aumento da temperatura no planeta, largamente mencionada pela comunidade científica, tem também vindo a ser abraçada pelas empresas. De momento, mais de 100 empresas fazem parte do Compromisso Climático, com a entrada ontem de mais 52, entre as quais gigantes como a Colgate-Palmolive, Visa, Heineken, Pepsi ou Telefónica. O objetivo comum é alcançar a neutralidade carbónica até 2040.
Assinável é também o fato de que hoje, em Portugal, foi publicado o primeiro Tratado de Direito Ambiental. Esta obra resulta da colaboração de académicos das Universidades de Lisboa, Coimbra e Minho e está disponível para consulta online.