Gamestation: A loja de videojogos que leva os montijenses numa viagem pelo tempo

Localizada na Rua do Baixo Alentejo, perto da Escola Secundária Jorge Peixinho, a Gamestation Montijo é o espaço de sonho para todos os fãs de videojogos e retro gaming. Com uma decoração original e inspirada na cidade de Londres, o conceito desta loja passa pela compra, venda e troca de artigos em segunda mão ligados aos videojogos.

“O forte desta casa é a venda e troca de jogos antigos, o retro gaming que está muito na moda agora, isso é que fez com que a casa se destacasse a nível nacional e internacional, temos clientes no estrangeiro também”, explica o proprietário Milton Tavares.

Apesar de o retro gaming ser a alma do negócio, a Gamestation disponibiliza também uma oferta de jogos mais recentes, consolas e acessórios, além do fabrico de máquinas Arcade.

“Temos jogos desde o retro até ao atual, temos desde a Playstation 1 até à 4 por exemplo. Temos jogos para a Playstation 1 ainda selados, com 25 anos ou mais. Em relação às máquinas sou eu que faço reparação e restauro, também criei as réplicas em formato miniatura para as pessoas poderem ter em casa. Vendo a nível nacional e internacional, tanto a empresas como a particulares e podem ser personalizadas”, refere.

Milton é residente no Montijo, trabalhava na área de vendas de uma multinacional e, em 2016, resolveu arriscar e deixar a empresa para abrir um negócio próprio e ser feliz a fazer o que mais gosta.

“Comecei a pensar o projeto com a minha esposa. Na altura o Montijo não tinha uma loja de rua de videojogos e achei giro ter um espaço com este conceito. Encontrei esta lojinha e fiz tudo à mão. Forrámos as paredes com revistas originais e fomos comprando jogos e jogos e mais jogos antigos na internet, em feiras e a várias pessoas para conseguirmos ter o stock que necessitávamos para encher o espaço. Começamos assim e, felizmente, estamos aqui até hoje”, conta.

Enquanto mostra as consolas expostas na loja, desde a Nintendo NES à Sega Mega Drive e as várias PlayStation, Milton explica que para quem viveu intensamente os videojogos nas décadas de 70, 80 e 90, entrar na Gamestation é como “viajar no tempo”.

“Os videojogos são um mundo e há pessoas que fazem coleção como um investimento, mas é mais nas faixas etárias dos 30 aos 55 anos”, explica. “Um jogo que tenha sido lançado há dois anos pode daqui a quatro anos ser um it. Por vezes os jogos que não tiveram muito sucesso na altura em que foram lançados, passados 20 anos como foram tão criticados, alguém se lembra de os valorizar porque foram vendidas poucas unidades e passam a valer dinheiro e isso é engraçado”.

Com a chegada da pandemia e a quarentena, Milton não teve mãos a medir na loja de videojogos. “As pessoas foram para casa e tivemos muita procura, principalmente por consolas, o telefone não parou, vendemos o triplo, foi impressionante, desde março ainda não parou”, revela. Além da venda no espaço físico, a Gamestation dispõe ainda de uma página de leilões, uma ideia que Milton implementou no início deste ano.

“Ao início começou assim mais ou menos, mas agora temos 900 e tal pessoas a licitar sempre que veem um artigo que interessa. Meto lá um jogo que custa 15 euros por exemplo, vai a leilão por 3 euros e as pessoas vão licitando desde domingo até sexta-feira. À sexta às 23h termino o leilão e no sábado o vencedor vem cá buscar o jogo”, conta.

Milton Tavares, proprietário da Gamestation

Para Milton a Gamestation é também um sítio de convívio, onde os jogadores e apreciadores de videojogos podem partilhar ideias e experiências, sendo nesse convívio que assenta a aposta para o futuro do espaço. “A loja este ano era para ser reformulada, íamos criar um espaço para fazer torneios, era algo que já tinha idealizado há muito tempo. Não é uma prioridade muito grande, mas é uma coisa que quero e é giro, os miúdos gostam. Isto é um meio que só quem está dentro é que valoriza”, explica.

Enquanto conversamos dois jovens clientes entram na Gamestation. Vieram de Fernão Ferro e trazem consigo um saco cheio de jogos, acessórios e outros artigos para mostrar a Milton. “Quando encontramos um bom sítio como este passamos a vir cá, não importa se é longe”, diz o jovem e Milton sorri com orgulho.

Contactos

Rua do Baixo Alentejo, nº 29, Montijo

918 291 047

[email protected]

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