Nos Armazéns Dona Erago são os pormenores que fazem a diferença

Na Dona Erago a tarde é atarefada. São vários os clientes que entram na tradicional loja de venda de artigos para o lar, têxteis e lingerie, situada na Praça Gomes Freire Andrade, junto do terminal rodoviário do Montijo.

A primeira loja deste grupo remonta a 1981 na cidade de Bragança e atualmente os Armazéns Dona Erago contam com espaços em várias zonas do país. A loja do Montijo existe “há aproximadamente 25 anos ou mais e eu estou aqui exatamente desde 2000”, explica Conceição Franco, responsável pelo espaço.

Os anos passaram ao lado dos Armazéns Dona Erago e a loja continua a manter o aspeto tradicional, tendo sofrido poucas alterações ao longo do tempo. “Quando o espaço sofre grandes modificações as pessoas acham logo que está diferente e que os preços vão aumentar, não é o caso, nós mantemos os preços ao longo de vários anos sem aumentar um cêntimo”, explica.

Conceição acredita que “o atendimento personalizado, os preços baixos e a qualidade enorme” são o segredo para manter os clientes, face ao aparecimento de grandes superfícies comerciais na cidade. “Já conseguimos ao longo dos anos ser uma loja de referência. Os clientes passam a palavra e dizem ‘vai à Dona Erago porque encontras preço, qualidade e bom atendimento’”.

Para Conceição são os pormenores que fazem a diferença, máxima que aplica ao nível do atendimento. “Faço questão de me dirigir ao cliente e de ir mostrar os artigos ao pormenor, não nos limitamos a dizer que não temos um produto, procuramos sempre arranjar alternativas e dar sugestões”.

“Há três anos começou a aparecer aquela situação em que o cliente gostava de um artigo, mas não tinha a certeza se ficava bem no espaço, então arranjei uma alternativa, uma venda pendente”, explica. Este tipo de venda possibilita ao cliente levar para casa os artigos que necessitar, tirar da embalagem, experimentar e realizar a devolução se não for o pretendido.

“Posso dizer que com este processo 95% das peças ficam. Atualmente mais do que nunca as pessoas não querem estar a empatar dinheiro para depois terem de trocar por outra coisa e assim resolve-se o problema, a pessoa gosta ou não gosta e se não gostar pode simplesmente vir devolver, tem funcionado muito bem de ambas as partes”, refere.

Nos Armazéns Dona Erago a pandemia não teve um impacto negativo. O espaço encerrou a 17 de março e reabriu na primeira fase de abertura das lojas, tendo recebido “muita gente logo nas primeiras semanas”.

“Funcionou muito bem. Para a época que estamos a viver ficámos satisfeitos com a rentabilidade e procura por parte dos clientes, a afluência foi muito boa, as pessoas diziam que já tinham saudades nossas e que já fazíamos muita falta”.

Conceição lamenta a falta de dinamização da zona e a mudança do transporte fluvial do Cais dos Vapores para o Cais do Seixalinho, que teve um forte impacto na quantidade de clientes que passam por aquele local. Para o futuro Conceição espera que a rodoviária e o Mercado Municipal se mantenham em funcionamento e acredita que a Dona Erago é um “projeto que ainda tem pernas para andar”.

“Vamos continuar abertos se deus quiser e também graças aos nossos clientes que são a razão de existirmos”, afirma com convicção.

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