O segredo dos croissants da Sabores D’Ouro

É na Avenida João de Deus que encontramos a Croissanteria Sabores D’Ouro, um novo cantinho que oferece aos montijenses croissants frescos todos os dias, e uma pastelaria variada, também ela fresquíssima.
Somos recebidos pelo Sr. Pedro Filipe e a sua esposa Roseli, que nos contam um pouquinho da sua história, e como decidiram abrir este negócio.
Depois de sabermos que o Sr. Pedro é de Setúbal, este conta-nos que a sua vinda para o Montijo teve a ver com uma decisão estratégica, “a questão de ter vindo cá para o Montijo teve a ver com uma questão profissional, porque eu trabalhei muitos anos fora, viajava bastante e como tinha viagens extremamente longas, chegar e ir para Setúbal, optei na altura por comprar aqui um apartamento “.
Ao longo da conversa ficamos a saber que Pedro foi profissional na área da engenharia de frio industrial, como nos contou, “trabalhei muitos anos fora de Portugal para a Eletrolux /Zanussi industrial. A minha vida foi andar pelo mundo fora a montar equipamentos para grandes redes de hotéis”.
Além de racional, a escolha pelo Montijo também teve uma influência sentimental, porque traz boas recordações a Pedro, que nos conta que visitava muito o Montijo quando era mais novo, “desde jovem que vinha aqui para o Montijo, na altura para as discotecas – para a “Portugal”. Mais tarde, interessei-me realmente pela cidade porque a Ponte Vasco da Gama facilitou muito mais as interligações – está num ponto estratégico. Tinha o aeroporto aqui perto, e interessei-me pela cidade nesse aspecto. E depois por questões profissionais, já que mais tarde regressei e montei uma empresa no Algarve, mas por questões de saúde, vendi a empresa e regressei ao Montijo”.
Este não foi o primeiro negócio de Pedro e Roseli, no Montijo, “fizemos uma primeira casa, a Pãozinho Doce, mas entretanto vendemos. Aquilo foi basicamente um projecto piloto, só para ver como é que a coisa funcionava e depois montei eu próprio esta casa – eu é que fiz isto tudo”.
A Croissanteria Sabores d’ Ouro é um negócio recente, já que abriu portas no início do mês de Setembro, mas nem por isso é desconhecida dos montijenses – pelo contrário, Pedro diz-nos, “tivemos um boom na abertura, mas também foi o final das férias, agora está um pouco diferente, as pessoas agora têm as despesas com as crianças, com a escola. Nós temos ‘picos’, por exemplo: logo ali a partir das quatro da tarde temos um pico sensivelmente até às 18:30”.
A Croissanteria está aberta de terça a domingo, mas Pedro diz-nos que, “ao domingo estamos abertos só única e exclusivamente até às 14/14:30. Porque a rua em si é uma rua que fica completamente parada, e compreende-se porque as pessoas preferem ir para um espaço mais largo, ali mais para o largo da Igreja”.
Ao questionarmos Pedro sobre os produtos de pastelaria que tem no seu espaço e quais os que as pessoas mais pedem, este diz-nos que “o produto chave que nós temos aqui, são os croissants, que são feitos todos os dias. Depois temos também uma boa pastelaria que é feita por um pasteleiro que trabalhou 30 e poucos anos nos pastéis de Belém, que é quem nos fornece uma pastelaria bastante credível.” Os croissants, segundo as palavras de Pedro- são sempre frescos, “às 7:30 temos a primeira fornada, e depois sensivelmente perto do meio dia tenho mais outra. O produto não está muito tempo exposto, e acaba por ter outra qualidade”.
Mas existem mais pastelarias na cidade, e questionado sobre o que o diferencia da concorrência, Pedro diz-nos, “eu acho que todos nós que trabalhamos nesta área, cada um com o seu estabelecimento, faz o seu melhor. O Salvador, que eu já conheço há muitos anos, tem a sua maneira de trabalhar, a Mimosa tinha a sua, e nós temos a nossa que veio diferenciar um pouco na parte talvez do produto em si. Nós trabalhamos com duas empresas, a Panike e a DeliFrance, que são produtos de altíssima qualidade. Somos nós que fazemos o processo de levedação, e uma das particularidades é não ter o produto muito tempo exposto – eu quero ter o produto exposto o menos tempo possível para que ele tenha uma maior qualidade em termos de sabor para o cliente, tal como gostaria se fosse para mim”.
Mas não só de croissants e bolos se faz o negócio de Pedro e Roseli já que também vai poder encontrar tostas mistas, e “as super tostas, que é um Sr. de Alcochete, o Sr. Piqueira, que nos traz um pão grande ainda dos fornos a lenha. E para quem quer fazer almoços leves, tenho a salada tropical, que é uma salada que leva desde abacaxi, manga, kiwi, laranja a alface, rúcula, e no final camarão, para quem não quer comer carne”, acrescenta Pedro.
As ideias não param, e Pedro diz-nos que já tem planeado um novo modelo de negócio, “agora vindo o Inverno vamos fazer uns take-aways, com o bacalhau com natas, e uma especialidade nossa, que é uma feijoada à moda de Setúbal com choco e camarão”.
Sobre a pandemia de covid-19, Pedro considera que teve sorte porque como nos contou, “já abri depois – quando comecei as obras apanhei a altura da pandemia, mas não me afectou porque ainda estava em obras, não foi como muitas pessoas que coitadas, tiveram que fechar”.
Para Pedro e Roseli, a Croissanteria Sabores d’ Ouro foi um bom investimento – “aqui estamos sossegadinhos, e felizmente com clientes retidos”. E como eles, também há “cada vez mais há pessoas, mesmo com uma certa dificuldade, a recuperar o Montijo, e a recuperar a parte da baixa do Montijo”, diz-nos Pedro.
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