Petiscaria “A Taska”: uma explosão de sabores

São 11h da manhã e Rui Brito prepara-se para tomar aquela que será a sua única refeição do dia: duas carcaças com manteiga. Quem diria que é o proprietário do restaurante de petiscos que tem conquistado o estômago dos montijenses. Enquanto espalha a manteiga no pão, o Chef sorri e conta ao Montijo On City como começou o negócio.

Voltada para a Avenida dos Pescadores, A Taska abriu em 2017 e, desde então que a surpresa e a originalidade fazem parte do menu do dia. Com um espaço bastante iluminado e acolhedor, o restaurante distingue-se por priorizar combinações de sabores improváveis que oferecem ao cliente uma experiência única. Choco frito acompanhado de batata-doce frita, cogumelos recheados de alheira, regados com molho balsâmico e até lulas com romã, com uma cama de rúcula e um molho de mostarda e mel- o prato de assinatura do Chef.

Para quem quer deixar a barriga mais “composta”, existe ainda a possibilidade de desfrutar de um almoço com carne e peixe grelhados e, para terminar, as sobremesas que deixam água na boca. Panna Cotta de chocolate e CheeseCake são sempre uma boa opção, mas para inovar, o Chef brinda-o com Crepe com gelado de pistacho e tangerina ou o famoso Doce da Casa que esconde M&M’s e pepitas de Oreo.

A ideia d’ A Taska surgiu quando Rui Brito, apreciador da “arte de petiscar”, se apercebeu que o conceito de petiscos na cidade estava muito limitado. “Toda a gente ficava admirada porque quando se falava de petiscos no Montijo, só existiam bifanas ou um chouriço assado e não passava disso. Já se comiam coisas mais elaboradas por outros lados e aqui não havia nada”, confessa.

Sendo o espaço propriedade de família, Rui Brito viu a oportunidade de dar uma nova vida a uma casa que estava completamente devoluta e dar seguimento ao seu gosto pela cozinha. O que não esperava é que a cidade que considera “bastante tradicional” o recebesse tão bem. “Eu arrisquei muito, mas felizmente fui bem acolhido (…) É preciso mostrar que o Montijo também pode ser irreverente. E eu tento mostrar isso todos os dias”, explica.

No entanto, o seu percurso na área da cozinha não foi sempre linear. “Eu sempre cozinhei em casa e para amigos. Sempre gostei de cozinhar. Depois, existiu a possibilidade de fazer um curso (…) e descobri que não sabia cozinhar”, conta divertido. Foi com a oportunidade de integrar a equipa da conceituada Taberna da Rua das Flores, em Lisboa, que Rui Brito deu o grande salto na cozinha profissional. “Eu tirei o mestrado e doutoramento na Taberna. Ali era «aprendes ou aprendes» e eu aprendi, acho”, ri o Chef.

Não só aprendeu a cozinhar como não hesita em dar sempre um toque especial aos seus preparados. A prova disso foi a distinção na categoria Gastronomia Internacional, atribuída em 2019 pela Associação Comunicação & Destaque. O proprietário sente que “é um reconhecimento de uma casa que estava aberta apenas há dois anos”.

Para o futuro, Rui Brito pretende continuar a apostar em novas receitas, “pensadas de raiz” que provoquem um “contraste de sabores” a quem experimenta. Se passar pela Avenida dos Pescadores, não hesite em bater à porta d’A Taska e presentar-se com uma culinária atrevida. Se preferir um espaço ao ar livre pode sempre usufruir da esplanada do restaurante enquanto se delicia com as especialidades do simpático Chef Rui Brito.