Rua Eugénio Salvador, memórias de um ator e dançarino português

Foi dançarino e ator português, sempre acarinhado por aqueles que o conheciam. Atualmente, o seu nome é homenageado por muitas ruas.

Eugénio Salvador Marques da Silva nasceu a 31 de março de 1908, em Lisboa. Filho do coreógrafo e empresário teatral Luís Salvador Marques da Silva e de Eugénia Maria Dias, sempre contactou de perto com o meio artístico e da representação. Toda a sua vida, trabalhou no ramo do teatro em comédia.

Exerceu, por uns bons anos, a função de ator de cinema – sendo que o ia complementando com trabalho em palco. Os tempos em que apareceu nos ecrãs do cinema inseriram-se no período de 1930 a 1962. Formou-se na Arte de Representar no Conservatório e, ao sair do mundo dos estudos, procurou seguir as pisadas familiares.

Ficou também conhecido por ser dançarino e coreógrafo, tendo-se destacado pelo talento e empenho que dedicava às suas peças. Fez a sua primeira estreia profissional em 1928, no Teatro Maria Vitória, com a peça O Grão de Bico. No teatro, somou mais de 100 peças ao longo da sua vasta carreira, entre 1949 a 1988.

Para além destes cargos artísticos, acumulou também outras funções como encenador – no qual se destaca o papel fulcral no musical João Valentão (1957) e ainda ensaiador coreógrafo na opereta de Strauss As três valsas. Passou também largos tempos na televisão, no qual participou em programas como A TV através dos Tempos ou A Freira.

Nos cinemas, estreou-se em 1930, através da sua participação no filme Lisboa, Crónica Anedótica, de Leitão de Barros. Anos mais tarde, em 1937, viria a trabalhar novamente para a obra Maria Papoila. Participou em cerca de 20 longas-metragens, trabalhando com nomes como Alejandro Perla, Perdigão Queiroga, Armando Vieira Pinto, Fernando Garcia e até António Pedro Vasconcelos.

Memórias do ator e dançarino Eugénio Salvador enquanto jogador do SLB

Ficou conhecido pelas suas participações em obras como Cais do Sodré (1946) , Fado, História d’uma Cantadeira (1948), Madragoa (1952), Os três da Vida Airada (1952), As pupilas do Senhor Reitor (1961) e tantas outras peças que compõem a sua vasta filmografia deixada.

Para além do seu gosto pela representação e atuação em palco, Eugénio Salvador ficou conhecido pelo empenho que colocava nas suas coreografias. Ficou até conhecido pela sua parelha Lina & Salvador, que apresentava pequenas coreografias preparadas nos intervalos do Cinema Éden. Casou com a sua parceira de danças, Lina Duval, da qual teve um filho, António Manuel Salvador Marques. Mais tarde, foi casado com a atriz Odete Antunes.

Por último, viveu também períodos de glória através do futebol, à responsabilidade do clube Sport Lisboa e Benfica. Enquanto extremo-esquerdo, fez 43 jogos e marcou 20 golos, num período marcado entre outubro de 1927 e junho de 1934.

Veio a morrer a 1 de janeiro de 1992, com 83 anos de idade.

Para além de ser topónimo pelo Montijo, Eugénio Salvador é ainda homenageado por Almada, Lisboa, Amadora, Seixal, Cascais, Odivelas e Oeiras.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao Topo